REDE ÓPTICA E SEUS FUNDAMENTOS

Dando continuidade aos textos sobre o tema, hoje falaremos sobre Rede Óptica e seus Fundamentos. E para atender todas as demandas que crescem exponencialmente nos últimos dez anos, fez-se necessário que a capacidade da banda larga aumentasse.

Isso tudo foi possível por conta da fibra óptica. E estes avanços só estão começando, pois com o acesso facilitado, as possibilidades para os novos internautas aumentam gradativamente.

Atente-se, pois, estas redes serão as chaves para que as comunicações cresçam cada vez mais. E se hoje já fazemos teleconferências, assistimos vídeos em altíssima resolução, só para citar algumas, o que teremos pela frente?

Mas você tem ideia de como ela surgiu? A Transmitter Engenharia te explica.

UMA HISTÓRIA RESUMIDA

Não há muito conhecimento sobre a história da descoberta do vidro. Mas o historiador Plínio, nascido no ano 23, revelou que ao desembarcarem numa praia e colocarem panelas na fogueira sob blocos de natrão, a areia derreteu e algo líquido se espalhou. Mais tarde o material endureceu e, desta forma, o vidro teria sido visto pela primeira vez.

Já em 1841, o físico suíço Jean Daniel Colladon tentou guiar a luz através de reflexão interna e em 1870, o físico britânico John Tyndall, dispondo da mesma técnica de Colladon, ou seja, a luz solar sol foi direcionado e levou um caminho de água de um recipiente para outro.

Dali dez anos, William Wheeling foi o responsável pela pesquisa inicial de transmissão guiada da luz, além de patentear o método. Assim, ele teria a possibilidade de transferir a luz para diversos ambientes. Mas, pela ineficácia do sistema, a ideia nunca se fortaleceu. E Alexander Graham Bell, também em 1880, fez a transmissão da própria voz com feixe de luz – uma espécie “primitiva” de transmissão óptica de voz ou fotofone, como o próprio Bell o chamava.

A ideia era fazer com que a luz se propagasse e enviasse a voz humana por cerca de 200 metros. Era composto de selênio, bateria, refletor parabólico e outros componentes.

O SÉCULO XX E A LUZ

Trinta anos depois da virada do século, um estudante alemão de medicina chamado Heinrich Lamm criou o que hoje é conhecido como Cabo de Fibra Óptica. Seu objetivo era conseguir alcançar partes inacessíveis do corpo e expôs que, durante os testes, transmitiu a imagem de uma lâmpada.

Mas foi após os anos de 1950 que a tecnologia viveu períodos de glória, com o surgimento do fibroscópio. Desenvolvido pela American Optical Company, por Narinder S. Kapany e alunos da Faculdade de Ciência e Tecnologia de Londres, trouxe um bastão que protegia os feixes de luz e fazia a perda de sinal ser consideravelmente menor.

Oito anos depois, a dupla Arthur L. Schawlow e Charles H. Townes, publicaram na Infrared and Optica Masers que haviam inventado a laser. Para o campo da medicina, os estudos ajudaram para tornar a laparoscopia (técnica que trata doenças ou remove tumores dos órgãos) um dos maiores avanços do ramo no século XX.

A ideia do laser se popularizou em 1957, na Universidade de Columbia e diversos outros cientistas notaram a importância desta nova ferramenta.

Vários profissionais acreditavam, também, nas possibilidades de junção do laser nas telecomunicações, já que, em 1962, os lasers semicondutores apareceram. Sua capacidade de modulação de frequência mais alta são fundamentais nos dias de hoje para que o transporte de dados e informações sejam feitos com maior rapidez e sem perdas. Para se ter uma ideia, a taxa de transmissão é 10 mil vezes maior que a das rádios comuns.

Mas lembre-se, ao ar livre e em condições adversas (chuva, neve e etc) o laser deixa a desejar.

Percebendo isso, Charles Kao e Charles Hockham propuseram, em um artigo, que a fibra óptica atenuaria estas oscilações e que, mesmo que tais perdas se mantivessem, o problema estaria na impureza dos vidros. O sucesso no desenvolvimento de uma fibra com menos atenuantes não demorou a aparecer.

Houveram diversas gerações do material:

  • A primeira delas foi a de 850 nm, com base de sílica, caiu em desuso por sua perda de 3 dB/Km;
  • Depois veio a de 1310 nm, com atenuação de 0,5 dB/Km, o que foi um avanço enorme para a época;
  • A terceira geração foi a de 155 nm, que diminuiu as perdas para 0,2 dB/km.

Em 1988 a expansão se deu de maneira grandiosa. O cabo ligando a América do Norte à Europa foi finalizado. Foram 5066 quilômetros, chegando a incrível marca de 120 mil ligações sendo feitas simultaneamente.

Aguarde, que novos textos sobre Rede Óptica e seus Fundamentos chegarão em breve!

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Fonte: OPTICAL NETWORKING BEST PRACTICES HANDBOOK

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