O ASN é um documento escrito, pela primeira vez, em espanhol e mais precisamente, no Uruguai. É no país que se localiza a LACNIC (Registro de Endereços da Internet para a América Latina e o Caribe). Este, é um local que fica responsável pelas traduções destes guias de maneira confiável.
Mesmo assim, pode haver discrepâncias e certas dissertações não oficiais. Sabendo disso, vale sempre procurar o arquivo correto e original.
Porém, para começar a responder a pergunta do título, AS é um sistema autônomo que é agrupado por redes de IP. As mesmas são gerenciadas por operadoras de roteamento.
Os ASs tem números diferenciados, como um RG. Tudo para evidenciar e facilitar a troca de informações entre os sistemas (sejam eles internos ou externos).
Se alguém te disser que o termo se refere apenas às redes agrupadas que estão presentes em uma mesma administração, corrija. Pois, se o grupo de redes tem a mesma política dos demais grupos, eles se enquadram no mesmo AS. Isso é independente de sua estrutura de gerenciamento.
Com isso dito, a definição é que todas as redes que se encontram num Sistema Autônomo compartilham a mesma política de roteamento.
Para que seja atribuído um novo número na ASN, basta que uma nova política de roteamento entre.
Compartilhar o mesmo ASN entre um grupo de redes que não estão sob o mesmo gerenciamento exigirá coordenação adicional entre os administradores de rede e, em alguns casos, exigirá o redesenho da rede até certo ponto. No entanto, esta é provavelmente a única maneira de implementar a política de roteamento desejada.
SOBRE OS NÚMEROS ASN
Agora vamos para números. Os AS de 16 bits, que são os mais antigos, ficavam entre 0 a 65535. Da mesma forma, os números de 32 bits variam de 0 a 4294967295.
Com isso, para que tenha uma diferenciação entre as ASNs de 16 e 32 bits, adotou-se os seguintes modelos:
- Números AS de 16 bits vão do intervalo de 0 a 65535;
- Números AS de 32 bits vão do intervalo de 65536 a 4294967295.
Alocação de AS e suas respectivas fases
A LACNIC desenvolveu três fases de alocação de ASN e nós falaremos de cada uma abaixo:
1. No primeiro dia de 2007, o registro teve a obrigação de processar todas as inscrições que solicitaram, especificamente, números de AS de 32 bits. Além disso, alocou tais numerações conforme solicitado pelas empresas que pediram. Quando ocorreu a ausência de qualquer solicitação para um Número AS de 32 bits específico, um Número AS de 16 bits foi alocado pelo registro.
2. Exatos dois anos depois, o registro fez o processo das inscrições que solicitaram AS de 16 bits. As mesmas foram alocadas conforme solicitado pelo requerente. E, da mesma forma que no primeiro item da lista, quando ocorreu a ausência de qualquer solicitação para um Número AS de 16 bits específico, um Número AS de 32 bits foi alocado pelo registro.
3. Em janeiro de 2010, a LACNIC já alocava números AS de 32 bits por default. Todas as aplicações deveriam ter justificativas a respeito das razões técnicas para que um número de AS de 32 bits não fosse adequado às suas necessidades.
Como os endereços IPv6 são alocados?
Tanto os endereços IPv4 quanto os IPv6, são alocados para aqueles que apresentam um motivo claro e específico para os endereços de suas redes.
Você deve se perguntar se os endereços não deveriam ser alocados usando o conceito de base geográfica, que garantiria a distribuição igualitária, certo?
Pois bem, as Organizações de Sistemas Autônomos trabalham de outra maneira, ou seja, tais atribuições de endereços IP devem seguir a topologia da rede e não a geografia ou fronteiras nacionais.
Portanto, conforme for necessário, estes endereços vão sendo alocados para utilização em determinadas redes. Os endereços são distribuídos com coerência e equitativamente.
Quando voltamos bastante no tempo, quando a internet ainda ‘engatinhava’, estes métodos não tinham tanto controle e eram menos formais. Com isso, já ocorreu de organizações receberem endereços totalmente desproporcionais.
Os RIRs, foram formados para fornecer uma maneira de melhorar esta distribuição de endereços. E, desde o princípio tem tido sucesso no desenvolvimento de políticas de distribuição.
Quanto à estabilidade, também foi ajudada por ele. Tudo por conta dos endereços e das tabelas de roteamento durante um longo período de rápido crescimento.
QUEM DEFINE A DISTRIBUIÇÃO DOS BLOCOS IP?
Primeiramente, devemos lembrar que os endereços IP são gerenciados por um determinado órgão. O nome dele é IANA ou Autoridade para Atribuição de Números da Internet. E, juntamente com os IPs, também distribuem os RIRs ou Registros Regionais de Internet.
É quase como um organogramas, pois:
- A IANA cuida de tudo;
- Abaixo dela temos os RIRs;
- Logo depois os endereços IP e outras siglas como ASN (Números de Sistema Autônomo) e os DNS (Sistemas de Nomes de Domínio).
Todas estas nomenclaturas são separadas por região e tendem a ter políticas internas diferenciadas, por meio de processos abertos e ascendentes.
Ainda falando dos RIRs, existem, atualmente, cinco delas. Cada uma contemplando um continente ou grandes territórios. São elas:
AfriNIC – região da África;
APNIC – região da Ásia e do Pacífico;
ARIN – região da América do Norte e várias ilhas do Caribe e do Atlântico Norte;
LACNIC – região da América Latina e do Caribe;
RIPE NCC – região da Europa, do Oriente Médio e partes da Ásia Central.
Neste caso, ao juntarmos as cinco, teremos a NRO, que é uma Organização que tem como principal função, realizar atividades conjuntas, dentre elas:
- Projetos técnicos;
- Atividades de ligação;
- Coordenação de políticas.
Tudo para que possam ter maior controle e informações sobre gerenciamento de endereços IP.
Fonte: Lacnic
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