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Real importância para a sociedade

Real importância para a sociedade

Muito se fala da Formação do Técnico Industrial na Indústria 4.0, mas existem profissionais que ainda não se atentaram sobre sua real importância para a sociedade e, claro, para o futuro de suas empresas.

Numa palestra em 2019, onde comemorou-se a Semana do Técnico, Felipe Morgado (Gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI/DN), esmiuçou alguns exemplos e ensinamentos a respeito do tema.

Naquele mesmo ano o Brasil participou em todas as categorias de Profissões Técnicas e ficou em 3° lugar na Competição Mundial das Profissões. O evento foi sediado na Rússia e ficamos à frente da Coréia, Alemanha, França, EUA.

O SENAI comporta 56 destas profissões, sendo que, mais de 70% delas tem padrão de reconhecimento internacional. “Isso acontece quando criamos uma metodologia que traduza a necessidade do setor produtivo para dentro da escola”, expõe Felipe, que continua relembrando que “desde 2008 elaboramos o Mapa do Trabalho Industrial, onde projetamos, com rigor científico, a demanda de formação profissional para os próximos 5 anos, dividindo-os por ocupação e por município brasileiro”.

Este mapa é formado por um Comitê Técnico Setorial Nacional. Sua composição é feita por especialistas técnicos de empresas (de pequeno, médio e grande porte), entidades de classes, universidade, setor público e especialistas do SENAI.

Os debates feitos são para compreender quais perfis e competências deverão ser desenvolvidos e, por fim, distribuídos em determinados setores. Isso ocorre tanto nas primeiras qualificações, passando pelo Técnico Nível Médio até Cursos Superiores e Pós.

“Levamos este processo muito a sério, visto que não são apenas opiniões de pessoas, nos debruçamos em estudos para embasarmos a formação deste currículo. Em 2019, estipulamos um padrão nacional curricular do SENAI com 608 cursos, desde qualificação (com 245 cursos) até Técnicos com padrão nacional”, amplia a explicação.

Os Cursos de Formação Continuada também estão presentes. Estes surgem quando ainda há a exigência de um aperfeiçoamento, somados a falta de maturidade tecnológica para determinado segmento.

AVALIAÇÕES DOS CURSOS

SENAI criou um sistema de avaliação próprio

Se não houver avaliações destes cursos programadas pelos Órgãos Responsáveis surgirão, como o próprio Felipe Morgado comenta em sua palestra, “cursos técnicos, mas não tão técnicos assim”.

Pensando nisso, o SENAI criou um sistema de avaliação próprio. São 4 pilares que sustentam o sistema de avaliação da educação profissional.

O desempenho dos estudantes também passam por este processo e é considerado uma das mais importantes para o SENAI, pois “não adianta desenvolver tudo isso, juntamente com os profissionais de várias áreas e, ao final, não avaliar o próprio aluno para verificar se ele adquiriu tais competências”, corrobora o Gerente Executivo do SENAI.

“E antes de abrir um curso técnico no SENAI, temos um formulário de avaliação, ou seja, não é simplesmente abrí-lo. Precisamos fazer estudos e entender se estamos preparados para este processo e se, de fato, existe esta necessidade”, especifica Felipe e complementa “dos 67 cursos técnicos que temos, conseguimos fazer este processo em 52 em todo Brasil. Um aluno que se forma em Brasília, por exemplo, é avaliado da mesma maneira que aquele formado no Acre ou em São Paulo. Esta metodologia segue o formato do ENEM, mas ela não é só teórica como o ENEM. Lembrando que avaliamos a parte prática”.

Em 2014, a Instituição tinha 60% dos alunos em nível adequado/avançado. Em 2017 esta média sobe para 81,7% (e para cada 10 alunos que concluem um curso técnico, 7.2 está empregado).

Sabendo que a isenção na coleta destes dados é muito importante, tal procedimento é feito por terceira parte.

INDÚSTRIAL 4.0

Neste novo contexto desenvolveu-se um projeto com alguns pilares. Num primeiro momento pensava-se em nivelar o que é esta terminologia de maneira conceitual.

“Defendemos, para o SENAI e para o Brasil, que em qualquer ação que aconteça numa linha de produção de uma fábrica, você terá: insight, análise completa, ação aprovada e ação realizada. A Indústria 4.0 chega para diminuir este tempo. As fases continuam acontecendo, mas mais rapidamente”, aborda Felipe.

Isso se dá pela adição de variáveis como a Internet das Coisas, a Big Data, Inteligência Artificial e, num olhar mais avançado, Sistemas Cyber físicos e Robótica Avançada. A Indústria 4.0 está “aprendendo” e em constante evolução, pois num mundo tão dinâmico, com customização e otimização dos processos, agilidade é a alma do negócio.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lançou a Carta da Indústria 4.0. Nela é citado que tal evolução é um movimento sem volta, independente de porte ou setor, sendo que, para as empresas se manterem competitivas, precisarão investir em qualificação e invocação para alcançarem as cadeias nacionais de valor.

Correlacionado a isso, o SENAI desenvolveu 4 passos para que as Indústrias, de fato, participem destas mudanças.

  • 1º passo: se as empresas não enxugarem seus processos produtivos, não conseguirão avanços e nem irão compor tecnologias para resolução de problemas;
  • 2º passo: necessidade de requalificação de trabalhadores e gestores (89% da força de trabalho da indústria no Brasil precisará passar por esta “reciclagem”, sendo que, na França, este número sobe para 92%);
  • 3º passo: deve-se utilizar tecnologias já disponíveis (é possível ter Indústria 4.0 em micro e pequenas empresas do setor, pois sensores e equipamentos estão baratos e fáceis de se adquirir);
  • 4º passo: invista em pesquisa de desenvolvimento e inovação.

E você já se perguntou qual o grau de maturidade de sua empresa dentro deste novo universo? Acesse https://senai40.com.br/2018/ e confira, em uma escala de 0 a 5, onde ela está escalada (mais de 1000 empresas já fizeram o teste).

Como fazer para melhorá-la grau de maturidade sua empresa?

No site estarão dispostas algumas fases para o empresário ter ciência dos avanços que necessitará.

  • 1ª Fase: a empresa precisa incorporar e otimizar a sensorização e as conectividades;
  • 2ª Fase: Transparência de Conectividade Preditiva, isso gerará flexibilidade e adaptabilidade.

A Formação do Técnico Industrial na Indústria 4.0 é uma etapa importante para o presente e o futuro de nossos profissionais. Mas e você, já está atento com as novas maneiras de lidar com o dia a dia de sua empresa? Comente com a gente!

Semana do Técnico “Formação do Técnico Industrial na Indústria 4.0”