Se o recurso para transmissão de baixa latência, chamada Fibra Óptica de Núcleo Oco já existe há cerca de 20 anos, apenas atualmente que ele vem sendo utilizado de maneira mais robusta e inovadora em aplicações comerciais.

Mas o que ela tem de tão diferente?

São duas as principais diferenças:

  • Em distâncias maiores, existe a promessa de que a latência seja mais baixa;
  • Não haverá a necessidade de utilizarem tantos repetidores se comparados com a fibra de vidro convencional.

Por tudo isso e por conta das especificações de desempenho estarem chegando bem próximos aos das fibras de vidro, tais aplicações vem, de fato, sendo utilizadas cada vez mais e é questão de tempo para que o custo benefício se estabilize e continue acessível.

Hollow-Core Optical Fiber
Imagem da fibra óptica de núcleo oco produzida no laboratório Laser focus

DIFERENÇAS ENTRE A FIBRA ÓPTICA DE NÚCLEO OCO E A FIBRA ÓPTICA CONVENCIONAL

Presa no núcleo oco do cabo, o feixe de luz viaja através dele, fazendo com que apenas uma pequena fresta de luz consiga ir de um ponto a outra por dentro da fibra sólida, constituída, normalmente, de vidro.

Já a fibra óptica mais comum, normalmente com filamentos de fibras de vidro, consiste em levar este feixe de luz utilizando estas fibras dentro de um material de revestimento blindado e flexível.

Verifique, portanto, que o de núcleo oco pode ir a distâncias maiores, sem a necessidade de conter vários repetidores, com velocidades maiores e menos interferências neste caminho. Outra vantagem vai para a forma com que podemos manuseá-la, já que mesmo dobrando e enrolando o cabo, a luz continua seu caminho com uma velocidade 30% maior que a fibra convencional.

Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Instituto Zepler de Fotônica e Nanoeletrônica, demonstraram com seus estudos que, como o núcleo oco “atenua a luz que viaja por ele em 50% menos do que o registro anterior, relatado apenas seis meses atrás”. Estes estudos também comprovaram a redução de atenuação de 3,5 dB/km para 0,28 dB/km e a distância máxima percorrida, que subiu de 75 km para 750 km.

Por fim, este avanço pode resultar em:

  • Ter a próxima geração de aplicativos conectados em tempo real, por conta da redução de 30% perda de velocidade na transmissão de dados de ida e volta;
  • A baixa latência em distâncias longas poderá ajudar setores como os bancários, financeiros e de serviços públicos a criar novas maneiras de atendimento aos clientes;
  • A tecnologia 5G e outra série de aplicações de comunicação que se baseiam em fibras convencionais, poderiam ser mais robustas e, porque não, confiáveis.

Mas e você, o que acha desta nova tecnologia? Comente com a gente e se tiver alguma dúvida, entre em contato!