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QUALIFICAÇÃO PARA O PREENCHIMENTO DE VAGAS

Baseado numa pesquisa referenciada por Marilza Machado (Diretora de Políticas e Regulação de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação), mais de 52% do empresariado brasileiro reclama da dificuldade de encontrar qualificação para o preenchimento de suas vagas. E é por essas e outras que o Catálogo Nacional do Curso Técnico foi criado.

Ele é um instrumento normativo obrigatório para todas as instituições de ensino, tendo como papel fundamental a valorização da educação profissional e tecnológica.

Dentre seus eixos de atuação encontram-se:

  • O planejamento, regulação e governança da educação profissional e tecnológica;
  • O diálogo com o sistema de ensino;
  • A inovação e o empreendedorismo.

Marizilda Machado, numa palestra para o CFT Brasil, relembra que “a primeira versão do catálogo é de 2008 e reconheceu cerca de 185 habilitações. Esta última, de 2014, reconhece 227 distribuídos em 13 eixos tecnológicos”.

Em relação a estes eixos, essas matrículas se distribuem da seguinte forma:

  • 27% estão presentes no eixo Ambiente e Saúde;
  • 24% estão presentes no eixo Gestão e Negócio;
  • 80 % das matrículas se concentram em 25 cursos técnicos;

Todas as edições do catálogo são formalizadas como normativas e tentam mostrar qual o tipo do egresso no perfil profissional. Vale ressaltar que a última atualização ocorreu há quase 6 anos, ou seja, a reformulação faz-se necessária.

MELHOR PLANEJAMENTO CURRICULAR

Para que haja um melhor planejamento curricular, o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos apresenta para as Instituições de Ensino:

  • O perfil profissional de conclusão;
  • A possibilidade de certificação intermediária, que é “uma característica da Educação Profissional e queremos trabalhar e detalhar um pouco mais na nova versão” cita Marilza Machado;
  • Carga horária (com variação de 800 e 1200 hs.) e infraestrutura mínima;
  • Os campos de trabalho específicos para o profissional;
  • As ocupações associadas à CBO (Classificação Brasileira de Ocupações);
  • As normas associadas ao exercício da profissão.

OUTROS DADOS E O FUTURO

Baseado em dados oficiais do CENSO do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa do INEP, o total de matrículas para cursos técnicos no país é de 1.790.144. “Estamos falando de Cursos Técnicos integrados ao Ensino Médio, mas não podemos afirmar que este representação compreenda a totalidade da oferta da Educação Profissional no país”, expõe Marizilda Machado e continua “nós temos um percentual grande de Instituições Privadas que estão registradas, mas não sabemos se são todas. E este é o exercício que estamos fazendo para depurar este número”.

Em 2018 houveram 44 cursos ofertados que não receberam matrículas, por conta disso “parece haver algumas habilitações que não têm nenhuma demanda de formação e precisamos nos debruçar sobre isso” considera a Diretora do Ministério da Educação.

Trazendo um novo trecho da palestra, Marilza Machado intensifica que há “uma necessidade de atualização do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, porque temos outro fator associado à questão Regulatória e Normativa, que são a dos cursos experimentais e, claro, o alinhamento da oferta de formação do profissional com as demandas que temos no mundo produtivo de hoje”.

O Ministério da Educação está se organizando para a 4ª edição do Catálogo Nacional do Curso Técnico, prevendo seguir uma dinâmica mais ampla de discussão e levando mais representatividade do setor produtivo para dentro desta decisão baseada nos perfis.

Será fundamental, portanto, a incorporação de novos procedimentos que possam fazer a identificação daquele profissional, pois para alguns, a dinâmica socioeconômica é bastante diferenciada.

Semana do técnico – live sobre catálogo nacioonal do curso técnico

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